sábado, 6 de fevereiro de 2021

AS PESSOAS QUE AMAMOS NOS INSPIRAM

Eu gosto de escrever. E gosto muito, muito dela. Quando junto as duas coisas às razões que temos para comemorar, saltam umas coisas bacanas do coração para o papel. Estas declarações de amor foram feitas à minha filha Sofia em diversos meses juninos. Porque alguém como ela, só podia nascer em tempo de festa, quando os fogos de artifício enchem de luz o céu.
Montanha russa (15) Você já andou numa montanha russa gigante? Já sentiu aquele friozinho lá no topo, quando o carrinho tá quase parando, e depois despencou ladeira abaixo sentindo a alma quase sair do corpo, antes da adrenalina baixar, pra logo depois começar tudo de novo, e mais uma vez, e outra e outra, como se aquilo não fosse terminar nunca? Conviver com a Sofia Costa, essa coisa linda chamada “minha filha”, é mais ou menos isso. Cada lua, uma Sofia diferente. E dentro de uma mesma fase, todas as variantes. Sempre linda, sempre expressiva, mas sempre cambiante. Quando ela nasceu, um ano e meio depois da primeira gravidez da Rose, a gente ainda nem tinha terminado de curtir a Olívia. Ou seja, já chegou atropelando “ô produção, cadê as luzes?”. Nasceu entre meia noite e uma da manhã, pronta pra balada. E outro dia me saiu com esta: “pai, quando eu nasci o médico em vez de dar umas palmadinhas, sentou e aplaudiu”. Sim, autoestima definitivamente, é o que não lhe falta. Falta cimancol (ainda se usa essa palavra?), falta saber a hora de ficar calada, falta um pouco de paciência de vez em quando. Mas em compensação sobra bom humor, sobra carinho (quando a lua ajuda), sobra talento, bom gosto e criatividade. Você consegue imaginar alguém que consiga fazer dois ou três modelitos lindos só com o papel e a fita que embrulham um ovo de páscoa gigante? Ela fez quando tinha uns dez anos, desfilou pela sala como se fosse uma passarela, e meu queixo demorou pra voltar pro lugar. Supresas, surpresas, surpresas. Como toda menina nessa idade, tem seus sonhos de consumo. Um deles tá realizado (brigado vó!): um iPhone dourado. O outro é um Louboutin básico (não se sinta ignorante, eu também nunca tinha ouvido falar esse nome antes dela me mostrar, e olha que eu tenho um cliente que vende sapatos). Preço: uns mil e quinhentos dólares o basiquinho. Esse eu mesmo vou realizar, prometo. Mas antes tenho que perder alguns pudores e princípios. Aí você vai falar…ah! mas essa minina é muito fresca e metida. E eu digo: siiiim, mas ela é tão versátil também, que consegue fazer uma festa com 100 reais na 25 de março – devidamente ciceroneada pela mãe, claro – e chegar em casa com meia dúzia de sacolas como quem acabou de vir da disney. A diferença é que ela sabe o que comprar com cem reais na vinte e cinco. Bem, eu ficaria aqui a noite toda falando de quanto me sinto privilegiado por ser pai de uma garota como essa, que huhúúúú tá sempre a mil, é da noite e da madrugada, mas, por outro lado, namora há dois anos com o mesmo garoto e faz questão de deixar claro pra todo mundo que é fiel e seu coração tem dono. Mas vou parar por aqui, porque o teclado do meu mac já tá todo babado e a gente precisa estourar uma Ricadonna (afe! agora que eu percebi o quanto a marca de champanhe que escolhi pra comemorar é adequada à pessoa). Te amo Soft! E pode ter certeza: vou estar sempre te aplaudindo de pé, na primeira fila.
Alvoroço no bercário (16) 30 de junho, 1 hora da manhã. A gente nem tinha terminado de lamber a Olivia direito e ela já estava fazendo a curva e avisando: sai da frente que eu tou chegando! Alvoroço no bercário: êêêba...esta noite tem baladinha na matê Santa Joana. Sim, a Sofia Costa, como ela mesma costuma dizer (porque modéstia não é um defeito que ela tenha) não nasceu, estreou! Em vez de chorar, foi logo fazendo um stand-up. E ao vê-la em ação, em vez de dar uma palmadinha no bumbum, o médico bateu palmas. Vamos combinar que ser a segunda, numa fila que tem a Olívia na sua frente, e mesmo assim brilhar até ofuscar as vistas, não é pra qualquer uma. Mas quem disse que ela é qualquer uma? Ela é a mais doce, a mais azeda (ah...a lua...), a mais gata, a mais encantadora, a mais manhosa, a mais engraçada e a mais cativante criatura que nós, do seu fã clube, jamais conhecemos. E para provar que eu, como presidente do clube, não estou mentindo e muito menos exagerando, vejam esses dois momentos, com 16 anos entre um e outro. O mesmo charme, o mesmo encanto, o mesmo estilo e até o mesmo... bico. Num caibo em mim de orgulho./>
Sem palavras (17) Eu já fiquei sem palavras faz tempo para definir essa menina. Sofia Costa é uma filha tipo... montanha russa. Às vezes te leva lá para cima, às vezes te joga lá em baixo. Às vezes provoca um frio na barriga, às vezes um nó na garganta. Às vezes o olho arregala, às vezes os cabelos ficam em pé. Uma hora o coração palpita, outras ele dispara. Mas quando os altos e baixos e a velocidade das surpresas diminuem, fica sempre aquela sensação gostosa de "huhúúúúú-que-legal-quero-ir-de-novoooo!" E agora sem esse aparelho então, afe! ficou lindamente insuportável. Feliz 17tão, minha filhota linda!
Quis o destino... que ela fosse de junho, que nascesse de noite, como as estrelas, que fosse linda e inteligente, que fosse a segunda, e a terceira, que eu fosse o seu pai, que a gente se amasse, dos verbos amar e amassar, que gostássemos muito um do outro, e de sushi, que estejamos sempre juntos, que estivéssemos longe justamente hoje...te amo Sofia Costa. Comparado com o que sinto por você, o universo é nada. E com o que te desejo, o infinito é pouco. Feliz niver filha!
Uma filha única (18) Quando ela nasceu, a irmã já tinha quase um ano e meio. Ela, com a sua carinha enrugada – aquela cara linda de joelho que todos nós temos quando nascemos – logo percebeu que chamar a atenção para si não ia ser fácil. Afinal, enquanto ela estava ali enroladinha nos paninhos, só com a carinha de fora como aquelas bonecas japonesas, a irmã já era rechonchuda, com dobrinhas nas pernas, já sorria encantadora, tipo bebê Johnson, pra quem sabe o que é isso. Ah é? – deve ter pensado – Me aguardem! Não demorou muito até ela começar a brilhar e a fazer sombra. Não demorou até as luzes dos holofotes se virarem para ela e toda a plateia sucumbir ao seu carisma. Porque, sim, a Sofia Costa é uma filha única, a mais nova de três. Única no seu humor, que como a lua em suas quatro fases, muda bastante. A diferença é que as fases dela às vezes acontecem todas no mesmo dia. Única na sua maneira de viver e levar a vida. Única na maneira como ama sua família e seus amigos. Única quando resolve fazer um cupcake ou bater um abacate com sorvete à meia noite. Única e diferente, nas milhares de selfies que guarda no celular. Única nos gostos, nos desejos, nas manias. Única nos seus propósitos e na maneira de cumpri-los. Única em suas indecisões e em suas certezas. Única quando joga na lotofácil e se emociona com um prêmio de 8 reais e joga o prêmio todo na semana seguinte. Porque embora ainda não saiba muito bem o que vai ser na vida, uma coisa ela não tem dúvida: vai ser rica! Como se ainda não fosse. Uma filha como nenhuma outra. Estes últimos dias têm sido especiais, só eu e ela. Fazendo comida, dividindo a louça – eu lavo tudo menos as panelas!!!, limpando a casa, lavando a roupa e botando ela pra secar, sob a orientação didática e segura da vóvis. Com a mamãe fora, o medo dela é que a gente não conseguisse sobreviver uma semana, quanto mais nos próximos dois meses. Mas até que estamos nos saindo bem.
Hoje ela faz 18tão! Ontem, quando virou o relógio, a gente fez uma baguncinha em casa com direito a latidos do Tonico que não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que ela estava feliz com sua nova idade. Tão feliz que ela pensou largar o pijama e ir correndo pra casa de uns amigos. Depois pensou melhor e sugeriu que fôssemos comer um doce na Ofner pra comemorar. Depois desistiu de tudo e sugeriu que fôssemos dormir. Felizes. Não sem antes preparar uns morangos com leite condensado para fechar – ou abrir – as comemorações. Tudo isso em menos de 5 minutos. Sim, a Sofia é uma filha realmente única, daquelas que quando tira 7 na prova não se conforma: “sete pai! sete! uma nota média, vc sabe o que é isso?” Sim, eu sei, a média definitivamente não é para ela. Hoje, ainda não sei como vai terminar. Vou pegá-la daqui a pouco e cair na noite. As surpresas que ela nos reserva quem o pode saber? A noite que a recebeu naquele 30 de junho e embala seus sonhos, também é única. Bora comemorar!
Meu coração bate feliz! (21) - Oieeee! Eu sou o coração dos seus pais. Desculpa eu estar assim, meio ofegante...mas é que...é que hoje eles estavam tão felizes e emocionados com o seu aniversário, e eu comecei a bater e pular com tanta força que...vupt! Pulei pra fora do peito deles! E já que eu tava ali fora, pertinho do Tejo, eu rolei pelas ruas de Lisboa - lá onde eles moram agora, você sabe...e num instantinho eu estava no mar... Ahhhh, que delícia - pensei - é só atravessar o atlântico e num instantinho vou até o Brasil pra dar um beijo na Sofia - um não, dois, um do papai e outro da mamãe - e volto! Mas, minina, num pensei que fosse tão longe, viu?! Ainda bem que eu encontrei a Dori, sabe a Dori, aquela, amiga do Nemo? então, ela me deu uma mãozinha pra eu não me perder, ensinou uns atalhos e... aqui estou. Ufa! Coração cansado, mas feliz! Pra te dar o beijo e o abraço deles. Bem, agora deixa eu correr lá de volta porque seus pais estão com o coração na mão por minha causa - quer dizer, sem o coração, e eu preciso voltar a bater no peito deles, tá bom. Mas, olha, antes de eu ir embora, eles pediram pra dizer que você mora aqui dentro, ok? Não se esqueça nunquinha, tá ?! Tchauzinhoooo... Feliz aniversário!

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