domingo, 31 de janeiro de 2021

Olívia, 18tão!

UMA LINDA DELCARAÇÃO DE AMOR DA ROSE À NOSSA FILHA OLIVIA, QUANDO FEZ 18. By Mamãe!
"Quando eu era adolescente queria conhecer o mundo e não pensava em casar. Tempos depois eu casei mas não queria filhos. Daí veio a Marina, a Olivia, a Sofia e eu ainda teria outros mas isso já daria uma outra história... Resumindo, quando comecei não achei que chegaria até aqui mas parece que nasci pra este negócio de um casamento duradouro e pra maternidade de meninas. Embora o médico tenha dito que cortou o cordão umbilical, eu duvido! Como pode a gente se separar de algo que cultivamos a pão-de-ló durante nove meses? Como se desligar de alguém que para sempre ocupará um lugar especial em seus pensamentos, projetos, orações e em seu coração? No domingo, a Olívia Costa fez 18 anos e diante de mensagens tão lindas, amorosas e divertidas de seu pai José Cascão, das suas irmãs Sofia Costa e Marina Costa, além das várias de seus amigos, achei que deveria deixar meus parabéns para um outro dia como se eu pudesse prolongar essa energia tão potente que emana das pessoas que amamos e transformá-la em combustível para conduzí-la até o próximo aniversário, quando talvez ela já esteja em outro país como é de seu destino. Confesso que queria lhe dizer tantas coisas que eu nunca disse. E umas outras tantas que ela já deve saber... Queria contar segredos que ela ainda vai descobrir e lhe fazer confidências que só mãe e filhas compartilham. Queria lhe falar do meu amor, da minha admiração, do meu orgulho, da minha satisfação e reverência à sua alma tão especial, mas todas as palavras ficam tão insignificantes quando o que queremos dizer é tão imenso como o mar e o infinito, juntos. Gostaria de dizer que escolher uma profissão atualmente é uma das tarefas mais difíceis para os jovens. Que ter um diploma ainda é importante para o mercado de trabalho mas é menos importante do que saber o que realmente te faz feliz, te move, te inspira. Eu gostaria de fazer um decreto em sua homenagem dizendo que o mundo todo deveria ter tempo para sentar no sofá e perder-se em romance com Neal Caffrey ou Peter Burke e aprender tudo sobre mentiras e micro-expressões com Cal Lightman e Gillian Foster. Diria que aparecer em um Snapchat a meia noite, no primeiro minuto do seu aniversário, descabelada, sonada e de pijamas é mais sublime do que qualquer post de qualquer pessoa porque quem nos ama de cara lavada nos ama como somos. Meu decreto também incluiria um capítulo sobre as expectativas, esse sentimento irresponsável que nos coloca sempre na espera de algo incerto, nos roubando a presença do momento presente, do agora, do único e real lugar aonde estamos e sobre o qual temos domínio. A expectativa não permite que desfrutemos com a intensidade devida daquilo que é quente, que nos envolve, que acontece ao vivo enquanto estamos ocupados com as incertezas do futuro. Eu diria também que as meninas possuem um desejo natural de colher flores e estrelas. Mas as estrelas não se deixam colher e mostram às meninas que existem desejos que não são jamais satisfeitos. Contudo, nada deve nos tirar a capacidade de sonhar! Ah, eu queria dizer também, no pé do ouvido da minha princesa Olivia, que no fundo, todo mundo tem um pouco de medo de avião, que nem sempre nosso cabelo aparece bem na foto mas que nosso olhar sorrindo é sempre o que se destaca. Diria, para sua decepção de adolescente, que sempre nasce uma espinha na testa ou no nariz antes de uma festa importante ou um encontro especial. Que a gente fica menstruada muitas vezes quando tem um convite para passar o final de semana na praia. Que estaremos sempre mal vestidas quando encontrarmos inesperadamente uma pessoa especial na rua. Que em algum momento da vida todo mundo roeu as unhas. Que a gente sempre pode e deve mudar de opinião pois tudo na vida muda e isso sim é sabedoria. Diria ainda que lembranças são sempre doces e emocionantes; que uma foto eterniza um momento e que toda vez que a virmos voltaremos ao mesmo instante em que foi tirada. Diria que família é tudo de bom, que abraço de irmão não tem preço, que presença de avó deve ser aproveitada, que primos são como melhores amigos, que carinho de pai é inesquecível, que bronca de mãe é passageira, que amor de mãe é infinito. Gritaria que não vale a pena desistir fácil assim como não vale a pena insistir para sempre, que o filme nem sempre tem final feliz, que um bom livro é sempre uma ótima companhia, que música alimenta a alma, que acordar e não ter nada pra fazer dá uma paz infinita na gente. Eu queria dizer, nesta data querida, que arrumar o quarto pode significar organizar nossos pensamentos e também os sentimentos. Que andar sem sutiã é uma delícia, que passar vergonha e rir da nossa própria cara de boba faz cócegas nas nossas convicções. Que nossas incertezas são iguais as dúvidas de toda a humanidade, que nossas angústias aliviam com água com açúcar, que tudo na vida passa mas só Deus permanece. Diria também que pra tudo tem um jeito, que sempre podemos consertar e resolver qualquer problema, que nada dura pra sempre e que o infinito é logo ali. Puxa, eu diria ainda tanta coisa, mas o que o meu coração fica gritando o tempo todo é que eu desejo muito filha que você seja feliz sendo exatamente quem você já é. Feliz 18tão!"

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O TAPETE DA VOVÓ

Adoro esta historinha. Ajuda a refletir sobre a importância relativa que devemos dar aos aspectos superficiais e corriqueiros da vida e focar nos valores e questões que são fundamentais. "Com grandes esforços, a vovó Zezé conseguiu comprar um novo tapete para substituir aquele velho e gasto que a acompanhou por mais de 25 anos. Estava encantada com seu novo tapete e com a aparência rejuvenescida que sua casa ganhou com ele. No Natal, toda a família se reuniu na casa dela. Depois de comer, as crianças ganharam seus tão esperados sorvetes de morango e os adultos foram para a sala conversar. De repente sua netinha de oito anos entrou na sala num mar de lágrimas e soluçando refugiou-se no colo da avó. "Vovó Zezé, derramei meu sorvete de morango todo em seu tapete novo". Zezé olhou em seus olhos com grande ternura enxugou as lágrimas da netinha e lhe disse: "Querida, não precisa chorar por causa disso. Temos mais sorvete de morango na cozinha."

O DEUS DE SPINOZA

"Pára de ficar rezando e batendo no peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer. Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filho... não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Vais me dizer como fazer meu trabalho? Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso? Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não lhe faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há, aqui e agora, e o único que precisas. Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste? Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas teus filhos, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar. Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Quando eu crescer, quero escrever assim!

"O médico disse que cortou o cordão umbilical. Mas eu duvido! Como pode a gente se separar de algo que cultivamos a pão-de-ló durante nove meses? Como se desligar de alguém que para sempre ocupará um lugar especial em seus pensamentos, projetos, orações e em seu coração? Na sexta ela fez 16 e diante de mensagens tão lindas e amorosas de seu pai @José Cascão, das suas irmãs @Sofia Costa e @Marina Costa, além das várias de seus amigos, eu achei que deveria deixar meus parabéns para um outro dia como se eu pudesse prolongar essa energia tão potente que emana das pessoas que amamos e transformá-la em combustível para conduzí-la até o próximo aniversário, quando ela já estiver na Austrália. Confesso que queria lhe dizer tantas coisas que eu nunca disse. E umas outras tantas que ela já deve saber. Queria contar segredos que ela ainda vai descobrir e lhe fazer confidências que só mãe e filhas compartilham. Queria lhe falar do meu amor, da minha admiração, do meu orgulho, da minha satisfação e reverência à sua alma tão especial, mas todas as palavras ficam tão insignificantes quando o que queremos dizer é tão imenso como o mar e o infinito, juntos. Eu gostaria de fazer um decreto em sua homenagem dizendo que é proibido chorar no dia do nosso aniversário, que quebrar o telefone neste dia não significa que nossos amigos não encontrarão um meio de nos desejar felicidades, de escrever um texto de parabéns, de enviar um sinal de fumaça ou até mesmo de ouvir lá no fundo do coração a voz doce de alguém nos desejando alegrias, dinheiro, sorte, saúde, garotos e muitas baladas. Eu diria também que uma vela em cima de um bolo de laranja improvisado vale mais do que bolo de aniversário confeitado e cheio de glacê. Diria que receber pessoalmente os cumprimentos à meia-noite, de uma meia dúzia de amigos é mais significativo do que os parabéns de uma torcida inteira. Diria também que bugigangas tecnológicas como iphone, ipad, computador, tablets e máquinas fotográficas são ótimos presentes para se ganhar. Mas possuí-los não nos traz nenhuma grande felicidade que substitua abraços, beijos, sorrisos e olhares sinceros e apaixonados de quem realmente nos ama e daria até um braço direito para tirar a tristeza dos seus olhos. Meu decreto também incluiria um capítulo sobre as expectativas, esse sentimento irresponsável que nos coloca sempre na espera de algo incerto, nos roubando a presença do momento presente, do agora, do único e real lugar aonde estamos e sobre o qual temos domínio. A expectativa não permite que desfrutemos com intensidade devida daquilo que é quente, que nos envolve, que acontece ao vivo enquanto estamos ocupados com as incertezas do futuro. Eu diria também que as meninas possuem um desejo natural de colher flores e estrelas. Mas as estrelas não se deixam colher e mostram às meninas que existem desejos que não são jamais satisfeitos. Contudo, nada deve nos tirar a capacidade de sonhar! Ah, eu queria dizer também, no pé do ouvido da minha princesa Olivia, que no fundo, todo mundo tem um pouco de medo de avião, que nem sempre nosso cabelo aparece bem na foto mas que nosso olhar sorrindo é sempre o que se destaca. Diria, para sua decepção de adolescente, que sempre nasce uma espinha na testa ou no nariz antes de uma festa importante ou um encontro especial. Que a gente fica menstruada muitas vezes quando tem um convite para passar o final de semana na praia. Que estaremos sempre mal vestidas quando encontrarmos inesperadamente uma pessoa especial. Que em algum momento da vida todo mundo roeu as unhas. Que a gente sempre pode e deve mudar de opinião pois tudo na vida muda e isso sim é sabedoria. Diria ainda que lembranças são sempre doces e emocionantes; que uma foto eterniza um momento e que toda vez que a vimos voltamos ao mesmo instante em que foi tirada. Diria que família é tudo de bom, que abraço de irmão não tem preço, que presença de vó deve ser aproveitada, que primos são como melhores amigos, que carinho de pai é inesquecível, que bronca de mãe é passageira, que amor de mãe é infinito. Gritaria que não vale a pena desistir fácil assim como não vale a pena insistir para sempre, que o filme nem sempre tem final feliz, que um bom livro é sempre uma ótima companhia, que música alimenta a alma, que acordar e não ter nada pra fazer dá uma paz infinita na gente. Eu queria dizer, nesta data querida, que arrumar o quarto pode significar organizar nossos pensamentos e também os sentimentos. Que andar sem sutiã é uma delícia, que passar vergonha e rir da nossa própria cara de boba faz cócegas nas nossas convicções. Que nossas incertezas são iguais as dúvidas de toda a humanidade, que nossas angústias aliviam com água com açúcar, que tudo na vida passa mas só Deus permanece. Diria também que pra tudo tem um jeito, que sempre podemos consertar e resolver qualquer problema, que nada dura pra sempre e que o infinito é logo ali. Puxa, eu diria ainda tanta coisa, mas o que o meu coração fica gritando o tempo todo é que eu desejo muito filha que você seja feliz sendo exatamente quem você já é. Te amo!"

By Rose de Almeida, a mãe das minhas filhas.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

PORTUGAL EM LUTO POR MAIS UMA GRANDE VOZ QUE SE VAI.

Num ano qualquer do final da década de 80, quando os grandes embaixadores da gastronomia portuguesa em São Paulo eram o casal Maria Teresa e José Batalha, fui convidado pelo meu inesquecível amigo, sócio e padrinho, André Luis Gonçalves, para jantar e assistir a um show de fado no Marquês de Marialva, o elegante restaurante do casal Batalha no bairro dos Jardins. Até hoje me pergunto como o grande fadista Carlos do Carmo, primeiro artista português a ser distinguido com o Grammy Latino de Carreira e que frequentava com intimidade os palcos do Olympia de Paris, do Ópera de Frankfurt, do Canecão do Rio de Janeiro, do Royal Albert Hall de Londres e mais algumas dezenas de grandes salas espalhadas por todas cidades do mundo, dignou-se a brindar os clientes e amigos do casal Batalha com um show tão intimista, andando em volta das mesas como se estivesse na sua sala de visitas a cantar para os amigos. A única explicação só pode ser a amizade que tinha com os donos da casa. Não somente me deliciei com a comida, como tive o privilégio de ouvir a poucos metros, e sem microfone – que é como se canta o fado, a grande voz da canção portuguesa, autor de uma obra e de um legado somente comparáveis aos da também inesquecível Amália. No primeiro dia de 2021, Carlos do Carmo sofreu um aneurisma na aorta e faleceu. Um ano depois de encerrar oficialmente a sua carreira, com três shows memoráveis em Braga, Porto e Lisboa, cidade onde nasceu e que (en)cantou como ninguém. Além da lembrança daquele momento único no Marquês de Marialva em São Paulo, guardo também um LP do Carlos do Carmo, autografado pelo próprio, um dos poucos que trouxe comigo para Lisboa. Eu sei, não é nada. Apenas um pequeno troféu que me lembra o quanto devo agradecer à vida pelo muito que tem me proporcionado. R.I.P. Carlos do Carmo.

Desconecta!

Não precisas conectar-te ao google para encontrar respostas. Conecta-te com o teu interior, as respostas que interessam estão lá. Em vez de estar só a mandar mensagens pelo Wathsapp, manda mensagens ao universo com o poder do teu pensamento. Não precisas postar todos os dias no facebook, twitter e instagram. Posta-te à presença divina e fica ali, em silêncio e adoração. Não abre o e-mail a toda a hora para ver o que chegou. Abre o teu coração aos outros e vê a sua enorme potência de amor. Não sigas falsos gurus e profetas, dentro ou fora da rede. Tu não precisas de intermediários para chegar a Deus. Não vás para fora a tentar descobrir alguma coisa interessante. Vai para dentro...e descobre a ti mesmo.